Oi Pessoal,
Precisava muito desabafar um pouco, espero que me perdoem pelo texto um pouco confuso, mas é de coração.
O que define o sucesso e o fracasso de uma pessoa? Será que se distanciar da sua formação é realmente um fracasso? Ou na realidade tudo se baseia no seu próprio nível de satisfação e felicidade com a sua vida?
Foram questões como essas que me levaram a questionar todo o rumo da minha vida. Como eu já disse aqui, eu tenho um plano, pretendo ser professora universitária. Mas isso não elimina o sentimento de me sentir meio perdida as vezes.
É uma questão difícil. Ao mesmo tempo que quero ser feliz no que faço, também quero ser independente, eu também quero fazer algo que eu goste, não algo que paga as contas. Me sinto menos capaz e menos adulta por não ter essa independência, que supostamente eu deveria ter. O sentimento predominante é o de inútil e fracassada. E então é nessas horas que eu penso nas questões que coloquei.
Eu fico com muita vontade de ficar na cama e nunca mais levantar, penso que não faria muita diferença levantar ou não, sabe? Olhando pro teto e só respirando. Deixando tudo passar e só observando, porque na verdade é como eu me sinto.
Ao mesmo tempo que quero deixar tudo passando como uma fita cassete, eu também quero ser a diretora deste meu filme. Procurar forças dentro de mim para seguir em frente e encarar todos esses percalços como uma provação a mais que logo será superada. Essa é a parte difícil.
Como não me deixar dominar pela ansiedade? Pelos sinais físicos que me dominam e parecem não me deixar lutar para superar esses sentimentos de fracasso e de inutilidade que dominam a minha mente e me dão uma insonia que só é superada pelo remédio para enxaqueca?
E você não está sozinha no mundo não é? Além de lidar com seus próprios sentimentos de fracasso, ainda tem de ser lembrada pelas pessoas ao seu redor que você mora de favor na casa dos outros, que não tem nada seu, que sua vida passaria despercebida se terminada agora, porque ninguém está realmente do seu lado e você é sozinha.
Ao mesmo tempo em que lida com o seu sentimento de infelicidade, você lida com provocações e com o olhar de pena que fazem quando você diz que ainda mora com seus pais. Aquele pequeno "Ah" que sai do fundo da garganta da pessoa decepcionada quando você diz que trabalha no banco ou em uma loja e não no escritório de uma marca de roupas ou em um laboratório têxtil super high tech.
A felicidade pode não ser uma condição permanente, mas ela torna-se um item almejado quando se vive no extremo da infelicidade. Quando a pessoa que mais te dava apoio vira para você e diz que não é vergonha começar de novo e tudo que você queria era um abraço e ouvir que tudo vai ficar bem, que você vai chegar lá.
A felicidade parece ser uma bandeira fincada no topo do Everest e ter medo de fracassar é, para mim, o mesmo que o medo de altura. Ele paralisa, faz sua pernas fincarem no chão e sua respiração acelerar, sinto como se nunca mais fosse ser capaz de andar de novo e vejo as pessoas subindo a montanha e me deixando para trás. Essa é a hora que penso: " Felicidade não é pra mim".
Eu gostaria de terminar esse texto otimista, dizendo que tenho os mesmos planos que já contei no outro texto. Mas apesar disso, esses vendaval de dúvidas que coloquei aqui passa pela minha cabeça todos os dias. Cada dia é mais difícil que o anterior, e levantar da cama se torna uma tarefa cada vez mais complicada. Mas sigo tentando e me apegando nas pequenas coisas boas que me fazem bem, como escrever esse texto aqui. Obrigada a você que leu até o final. Se chegou aqui, deixa um comentário com um ❤
Até a próxima.
Até a próxima.