Oi Pessoal,
Mantendo a vibe reflexões, queria conversar com vocês sobre uma questão que tem me incomodado muito.
O etarismo.
Já perceberam que depois dos 30 as mulheres são julgadas por terem seus hobbies e serem fãs ou entusiastas de algo?
Ser uma mulher jovem adulta pode ser um desafio e tanto! Ainda hoje, nossa sociedade carrega muitos preconceitos e estereótipos que afetam as mulheres, especialmente aquelas que passaram dos 30 e têm passatempos. É como se, de repente, elas fossem rotuladas como 'velhas' ou 'solteironas', como se isso definisse quem elas são.
Mas, vamos combinar, isso é tudo besteira! Uma das razões pelas quais as mulheres com mais de 30 anos são estereotipadas é porque vivemos em uma cultura obcecada pela juventude. A mídia e a publicidade estão sempre retratando as mulheres jovens como as únicas que são bonitas, interessantes e relevantes, o que faz com que as mulheres mais velhas se sintam excluídas e invisíveis.
Além disso, muitas vezes as mulheres são julgadas pelos seus momentos de diversão e interesses. Aquelas que têm hobbies considerados "tradicionais" para as mulheres, como costurar, cozinhar ou jardinagem, muitas vezes são vistas como ultrapassadas e sem imaginação. Por outro lado, mulheres que têm gostos considerados "masculinos", como esportes ou tecnologia, são muitas vezes ridicularizadas por serem "não femininas".
No entanto,
ter hobbies é importante para nossa saúde mental e bem-estar geral. Eles nos permitem explorar nossos interesses, desenvolver novas habilidades e conhecer novas pessoas. É importante lembrar que não há idade limite para desfrutar de um entretenimento ou para aprender algo novo.
Para lidar com o preconceito contra mulheres com mais de 30 anos que têm hobbies, é importante desafiar esses estereótipos e se concentrar no que nos faz felizes. Não importa o que os outros digam,
devemos sempre nos permitir desfrutar de nossos hobbies e interesses, independentemente da idade ou do gênero.
Também é importante lembrar que todas as mulheres são diferentes e únicas, e não devem ser julgadas por seus interesses, idade ou estado civil. Devemos sempre nos concentrar nas coisas que nos tornam felizes e valorizar a diversidade de interesses e habilidades que cada pessoa tem.
Embora exista mesmo um preconceito contra mulheres com mais de 30 anos que têm hobbies, devemos nos esforçar para desafiar esses estereótipos e valorizar a diversidade. Todas as mulheres têm o direito de desfrutar de seus hobbies e interesses, independentemente da idade, e devemos sempre nos concentrar no que nos faz felizes e realizadas.
Os exemplos de etarismo na mídia
É evidente na indústria cinematográfica que as oportunidades para mulheres com mais de 30 anos em papéis significativos diminuem consideravelmente e, quando atingem os 40, a representação feminina praticamente desaparece. Essa falta de representação não se limita apenas à indústria do entretenimento, mas também na sociedade em geral, prejudicando a autoestima e confiança dessas mulheres.
Dessa forma, a capacidade dessas mulheres de se verem como agentes de mudança e indivíduos que podem ter seus gostos e hobbies valorizados é dificultada, perpetuando um ciclo de estereótipos e preconceitos.
Anne Hathaway e Reese Witherspoon são duas atrizes talentosas que têm usado sua plataforma para lutar por mais oportunidades para mulheres com mais de 40 anos em Hollywood. Ambas as atrizes já passaram dos 40 e têm falado abertamente sobre as dificuldades que as mulheres enfrentam para conseguir papéis significativos na indústria do entretenimento depois de atingirem certa idade.
Em entrevistas, Hathaway e Witherspoon destacaram a importância de contar histórias sobre mulheres maduras e complexas, e de mostrar a diversidade de experiências que as mulheres podem ter em diferentes estágios da vida. Elas têm defendido que as mulheres com mais de 40 têm muito a oferecer e que suas histórias merecem ser contadas.
Anne completou 40 no fim do ano passado (2022) e antes disso já comentou:
“Não posso reclamar, porque me beneficiei disso. Quando tinha vinte e poucos anos, eu pegava papéis escritos para mulheres com mais de cinquenta anos. Agora estou nos meus trinta e estou tipo: ‘por que aquela atriz de vinte e quatro anos conseguiu aquele papel?’ Eu já fui essa atriz de vinte e quatro anos.” – Anne Hathaway.
Além de falar sobre o assunto, Hathaway e Witherspoon têm sido ativas em ajudar a mudar a situação. Hathaway produziu o filme "A Última Coisa que Ele Queria" (na Netflix), que conta a história de uma jornalista experiente que investiga uma conspiração internacional, e Witherspoon produziu a série "Big Little Lies", que retrata um grupo de mulheres em diferentes fases da vida lidando com questões de relacionamento e maternidade.
Com suas iniciativas, Anne Hathaway e Reese Witherspoon estão ajudando a abrir caminho para mulheres mais velhas em Hollywood e incentivando uma mudança de mentalidade em relação ao papel das mulheres na indústria do entretenimento. Suas contribuições são um exemplo inspirador de como podemos usar nossa plataforma para defender o que acreditamos e criar mudanças positivas em nossa sociedade.
Além delas, Maggie Gyllenhaal e Catherine Zeta-Jones são outras duas atrizes renomadas que também têm se destacado por suas lutas em favor de mais oportunidades para mulheres maduras em Hollywood.
Maggie Gyllenhaal, que já tem 45 anos, falou abertamente sobre as dificuldades que enfrentou para conseguir papéis depois de atingir uma certa idade. Em entrevistas, ela destacou que os papéis para mulheres mais velhas muitas vezes são limitados a personagens unidimensionais, enquanto os homens mais velhos ainda recebem papéis complexos e interessantes.
Em 2018, Gyllenhaal produziu e estrelou a série "
The Deuce", que se passa na década de 1970 e retrata a indústria pornográfica em Nova York. A série aborda temas complexos como poder, gênero e exploração sexual, e foi elogiada por sua abordagem realista e sensível. Com a série, Gyllenhaal ajudou a criar uma narrativa mais rica e complexa para personagens femininas mais velhas na TV.
Ainda quando estava na casa dos 30, Maggie tornou pública uma situação constrangedora durante um teste de elenco.
“Tem coisas que são realmente decepcionantes sobre ser uma atriz em Hollywood que me surpreendem o tempo todo. Tenho 37 anos e me disseram recentemente que sou muito velha para ser o par romântico de um homem de 55. Isso foi chocante pra mim. Primeiro me senti mal, depois brava, e então eu só dei risada.” – Maggie Gyllenhaal.
Já Catherine Zeta-Jones, que tem 53 anos, tem usado sua plataforma para defender a inclusão e a diversidade em Hollywood. Ela falou abertamente sobre as dificuldades que as mulheres enfrentam em relação à igualdade salarial e à representação em papéis importantes na indústria do entretenimento. Zeta-Jones tem se esforçado para usar sua voz e influência para promover mudanças positivas e inspirar outras mulheres a fazerem o mesmo.
Se você nunca assistiu uma entrevista de Catherine, recomendo fortemente, ela tem ideias muito interessantes sobre a indústria do cinema e se expressa tão bem, com refêrencias e indicações que podem surpreender.
“Estou nesta indústria desde os nove anos de idade e ouvi a mesma coisa ao longo da minha carreira. De repente, OLÁ, eu estou nos meus quarenta anos. E é verdade. Não é que não haja ótimas histórias sobre mulheres em seus quarenta anos. É que os chefões de Hollywood acreditam que as pessoas que vão ao cinema se interessam pouco por elas. Eu queria fazer cinema porque eu cresci assistindo a grandes performances por mulheres em seus 40, 70 anos: Anne Bancroft, filmes como ‘Alice Não Mora Mais Aqui’, papéis interessantes para mulheres em uma ótima idade.” – Catherine Zeta-Jones.
Por causa desse culto a juventude que as mulheres com mais de 30 foram julgadas recentemente no show dos Backstreet Boys. Uma injustiça. uma vez que os homens a anos vão em shows independente da idade e não recebem manchetes maldosas em grandes.
Vamos mostrar que somos mais do que eles acham que somos. Temos gostos e queremos curtir nossas paixões. Bor ler, ser fã de bandas, participar de uma percusão de bloquinho que carnaval, praticar pintura, esportes e o que mais nos permitimos. Vamos viver.