Mês passado li o primeiro livro da autora Beth O'leary (segunda leitura dela pra mim) e não sabia se valia ou não fazer resenha de Teto para dois porque o hype já passou tem tempos, mas aqui estamos.
Essa leitura foi um misto de emoções para mim, pois o livro me deu vários gatilhos e tive algumas crises de choro e ansiedade e ao mesmo tempo dei muita risada.
Mas afinal, sobre o que fala Teto para dois?
Sinopse: Eles dividem um apartamento com uma cama só. Ele dorme de dia, ela, à noite. Os dois nunca se encontraram, mas estão prestes a descobrir que, para se sentir em casa, às vezes é preciso jogar as regras pela janela.
Três meses após o término do seu relacionamento, Tiffy finalmente sai do apartamento do ex-namorado. Agora ela precisa para ontem de um lugar barato para morar. Contrariando os amigos, ela topa um acordo bastante inusitado.
Leon está enrolado com questões financeiras e tem uma ideia pouco convencional para arranjar dinheiro rápido: sublocar seu apartamento, onde fica apenas no período da manhã e da tarde nos dias úteis, já que passa os finais de semana com a namorada e trabalha como enfermeiro no turno da noite. Só que tem um detalhe importante: o lugar tem apenas uma cama.
Sem nunca terem se encontrado pessoalmente, Leon e Tiffy fecham um contrato de seis meses e passam a resolver as trivialidades do dia a dia por Post-its espalhados pela casa. Mas será que essa solução aparentemente perfeita resiste a um ex-namorado obsessivo, uma namorada ciumenta, um irmão encrencado, dois empregos exigentes e alguns amigos superprotetores?
O que eu achei?
Tiff não é muito parecida comigo, acho que me encaixo mais com o Leon, mas quando comecei a ler sobre seu ex, Justin, tive a impressão de estar lendo sobre minha vida há alguns anos.
É curioso como alguns livros parecem cliches e superficiais e na verdade são profundos e abordam temas complexos. Nunca imaginei que iria questionar todo um relacionamento baseado em um romance de comédia.
Além disso, a autora ainda questiona, de forma muito breve, o sistema judiciário inglês.
Este livro fez com que eu percebesse que todo um relacionamento que eu pensava ser normal e até bom, tinha sido na verdade tóxico e emocionalmente abusivo. A partir dessa leitura comecei a me questionar, quanto tempo leva para superarmos um trauma?
A conclusão que cheguei é que nunca superamos totalmente, mas podemos fazer com que isso não nos defina e tentar não repetir os mesmos erros. O primeiro passos pra mim foi começar a terapia e olhar mais para quem eu sou e quem eu quero ser.
Ajuda muito.
Não é vergonha ter passado por isso. Significa que você se permitiu e se permitir é difícil mesmo, mas não podemos deixar de tentar. Como a Tiff e o Leon, que se permitiram ser eles mesmos e acabaram se achando, mesmo que de um jeito nada convencional.
Você dividiria a cama com alguém que não conhece, mesmo que em horários diferentes?
Conte pra mim nos comentários e compartilhe nas redes sociais essa reflexão, vamos dividir nossas experiências e tentar melhorar juntos.
Nota: (5/5)
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