Vou seguir essa linha de resenhas reflexivas que venho fazendo aqui no blog e recomendar mais um livro que me fez pensar muito, A filha perdida.
Sinopse
As coisas mais difíceis de falar são as que nós mesmos não conseguimos entender.” Com essa afirmação ao mesmo tempo simples e desconcertante Elena Ferrante logo alerta os leitores: preparem-se, pois verdades dolorosas estão prestes a ser reveladas.
Lançado originalmente em 2006 e ainda inédito no Brasil, o terceiro romance da autora que se consagrou por sua série napolitana acompanha os sentimentos conflitantes de uma professora universitária de meia-idade, Leda, que, aliviada depois de as filhas já crescidas se mudarem para o Canadá com o pai, decide tirar férias no litoral sul da Itália.
Logo nos primeiros dias na praia, ela volta toda a sua atenção para uma ruidosa família de napolitanos, em especial para Nina, a jovem mãe de uma menininha chamada Elena que sempre está acompanhada de sua boneca.
Cercada pelos parentes autoritários e imersa nos cuidados com a filha, Nina parece perfeitamente à vontade no papel de mãe e faz Leda se lembrar de si mesma quando jovem e cheia de expectativas. A aproximação das duas, no entanto, desencadeia em Leda uma enxurrada de lembranças da própria vida — e de segredos que ela nunca conseguiu revelar a ninguém.
No estilo inconfundível que a tornou conhecida no mundo todo, Elena Ferrante parte de elementos simples para construir uma narrativa poderosa sobre a maternidade e as consequências que a família pode ter na vida de diferentes gerações de mulheres.
A adaptação
Um livro de uma autora famosa como Elena Ferrante sempre acaba virando adaptação. Foi quando a Netflix lançou o longa, o primeiro dirigido pela atriz Maggie Gyllenhaal, estrelado pela ganhadora do Oscar Olivia Colman (A favorita) e Dakota Johnson (Cinta tons de cinza), que ru me interessei em ler a obra.
Minhas impressões
Tudo começou por causa de uma conversa no programa de rádio Estúdio CBN. No maior estilo podcast, as mulheres presentes falaram sobre como as duas obras, especialmente o livro, abordam a questão do abandono materno do ponto de vista dessa mãe que vai embora. O que ela está passando para chegar nesse extremo?
E nesse caso não falo de abandono de por para adoção, falo do abandono em que a mãe deixou as filhas com o pai por três anos.
Ninguém fala sobre os pais que foram embora quando é o homem, meio que ele ficar já é algo louvável para a sociedade, enquanto se for a mulher a ir embora e só julgamento e ninguém pergunta o que houve.
O livro e o filme terminam da mesma forma abrupta, mas trazem uma reflexão profunda e muitos questionamentos. Será que Lena está se sentindo livre realmente ou um tanto quanto perdida? É uma pergunta que me fiz ao longo da leitura,
Acho que todas nós deveríamos pensar um pouco sobre o que é ser mãe e o quanto estamos preparadas para ser uma versão completamente diferente de nós mesmas. Como ser mãe e não deixar de ser mulher, esposa, você?
Lendo a história de Leda e Nina eu cheguei a conclusão, junto da minha psicóloga, que dá para ser os dois se você se permitir. No sentido de não ficar apegada ao que era antes. Veja bem, toda mudança causa uma ruptura. Neste caso basta saber, qual é o tamanho do desapego de si mesma que você tem?
Me diz ai nos comentários.
Nota: (5/5)
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