sexta-feira, 3 de maio de 2024

Crônicas da Lali e o novo filme da Anne Hathaway


 

Oi pessoal,

Da última vez que fiz uma crônica, que nem é uma, e relacionei minha realidade com uma personagem, eu me via meio Carrie meio Charlotte. Mas semana passada estava eu vendo O diário de Bridget Jones e no final tinha certeza que temos muitos paralelos. Explico.

Ela começa o filme com 32 (notei um padrão e vocês?). Diferente dela, eu estou prestes a me casar, mas já me vi sozinha cantando música de fossa e desacreditada da vida. Acontece né?

E como ela, conheci homens que não valem nada, não tem um pingo de responsabilidade afetiva e são tudo o que nós, mulheres, deveríamos fugir, mas acabamos caindo na lábia.

Ontem assisti a um filme bem clichezão, sobre uma mulher de 40 anos que se envolve com um astro pop de 24 anos. Falarei mais dele em outro post, mas o que nos interessa para este artigo de agora é uma frase dita por uma personagem secundária em dado momento do filme.

Ela diz que até os 30 tentamos nos enxergar como pessoas e passamos os próximos 10 anos tentando descobrir quem somos. Acho que o intuito era afirmar que aos 40 somos nos mesmos mais do que nunca. Mas, ao menos para mim, os 30 tem sido essa fase.

Demorei 20 e poucos anos para entender quem eu era, me aceita, me amar. E agora, que tudo isso aconteceu, eu sinto que estou pronta para viver. Para desabrochar, como disse Anne Hathaway em entrevista divulgando este filme sensível e divertido que está disponível no Prime Video. Uma ideia de você me pegou em um momento em que eu achava que talvez estivesse meio velha para assistir esses romances novos.



A trilha sonora me fez me sentir nos anos 2010, aos 18 anos, curtindo uma boy band que claramente não é para mim. Mas a personagem do filme foi uma libertação, como uma tesoura, desatou os nós que me aprisionavam a uma ideia que venho brigando desde o ano passado, não somos velhas demais para gostar de algo, para curtir, para dançar no carro ou cantar em alto e bom-som em um estádio durante o show da nossa banda favorita na adolescência.



Voltando a Bridget. Ela pode ser profundamente desastrada, cometer diarreia verbal, beber muito e fumar como uma chaminé, mas apesar de todos os defeitos, Mark Darcy a ama do jeito que ela é. E, no fundo, não é isso que todos nós buscamos?

Alguém que nos ame como somos e que não julga nossos gostos e se dançamos feito adolescente ou não? Então, apesar de todos os pesares, eu me considero uma jornalista. Gosto do que faço, de quem sou eu, gosto de escrever. E se for para me projetar em alguém, que seja alguém que ao logo dos anos aprendeu muito e também se gosta.

Esse post estava engavetado aqui e foi o vídeo da Aimée Espinosa no Instagram que me fez publicá-lo. Acho que vale a pena conhecê-la. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário