quinta-feira, 7 de março de 2019

Coração partido e responsabilidade emocional

Oi Pessoal,

Vim aqui hoje com mais um texto autoral e cheio de sentimento. Escrevi ele em novembro de 2018 no twitter e darei continuidade aqui.




Então vamos lá:

Eu tenho 27 anos e dois dias depois de fazer 18 eu disse pra minha amiga que queria muito um namorado. Ela me apresentou um amigo e nos namoramos por 6 anos e meio. Até ele dizer que queria dar um tempo, precisava conhecer novas pessoas.

Fiquei depressiva (não sei se é o termo certo porque não fui ao médico). Não queria sair de casa, tive dificuldade pra fazer as coisas simples e não tinha nenhum amigo por perto.



Estava fazendo meu mestrado na época.
Organizei uma viagem de estudo para o Peru para a minha pesquisa.
Ia passar 2 meses longe de tudo que me lembrava ele.
Foi a melhor viagem de todas.

Lá eu fiz amigas novas, foquei no meu estudo e ainda fiz coisas simples que faço em casa, como ler e ver série.
Conheci uma pessoa e até comecei a namorar.
Depois de 1 e 4 meses eu me dei o direito de sentir algo.
Nesse meio tempo eu entrei em um grupo de WhatsApp.

O grupo era de pessoas que ia no mesmo evento que eu e gostei muito de todos, era quase como estar na escola.
Pelo menos como eu imaginava a escola sem a parte de sofrer bullying, porque adivinha só!
Eles gostaram de mim.

Vou dar uma resumida senão isso ficará quilométrico, mas eu acabei gostando de alguém.
Eu já não estava mais com o namorado do Peru, que na verdade serviu simplesmente pra me lembrar do meu amor próprio, pode ser meio frio dizer isso, mas acabou sendo uma ferramenta para um fim.

Me dei o direito de sentir de novo sabe?
Poxa, tava dando tudo tão certo. Apesar dos amigos da escola e da faculdade estarem indo pra longe, eu tinha esses novos amigos, tenho, tenho esses novos amigos.
Eu não me sentia mais tão sozinha.

Mas não é que quando tá dando tudo certo a vida trata de te dar uma rasteira?
Me deixei levar.
Esqueci das regras de segurança, me esqueci do paraquedas, me esqueci de tudo.
Cai de cara no chão de uma altura bem alta.


E agora tô aqui. Deitada no chão, toda contorcida, tentado catar os cacos que sobraram.
Vou colar com super Bonder e recomeçar.
Ao menos agora eu tenho os amigos bem pertinho. Não me sinto só, mas preciso de um tempo pra passar as dores dessa queda.
É hora de renascer como uma fênix e recomeçar, pensar mais em mim e não me preocupar tanto com isso.


Recentemente comecei a ouvir um posdcast que tem no Spotify, Imagina Juntas, e em um dos episodios elas falam sobre responsabilidade emocional e citam o filme 500 dias com ela. Não sei se vocês já viram esse filme, mas vão rolar spoilers.

A Summer não gostava dele da mesma forma que ele dela e tudo bem! Ela não tinha a obrigação de estar com ele se não estava feliz e na real é isso mesmo! 
Ninguém tem que ficar com ninguém se não se sente mais feliz e é por isso que só hoje eu percebo que entendo os dois casos que relatei no twitter.
Eu sou o cara do filme nessa comparação. Comigo eles não queriam nada sério, mas encontraram alguem que eles amam, isso não faz deles monstros. Talvez a forma como eles fizeram, e nesse caso eu acho que faltou uma certa sensibilidade, para terminar as coisas de forma sincera e com responsabilidade emocional, se eu entendi bem o termo.

Mas não é nem isso que importa! O importante é saber que você se basta e que uma hora você vai encontrar quem também te faz feliz e está no mesmo momento que você. E se não encontrar? Não é o fim do mundo! Tem sempre os amigos que topam sair.

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