quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Dica de série: O gambito da rainha



 Oi Pessoal,

Antes tarde do que nunca, mas vim aqui falar o que achei da série da Netflix que está fazendo muito sucesso O gambito da Rainha.

Fiquei com vontade de ver a série um pouco antes do hype, mas comecei com minha mãe e não fomos em frente. Eu aprendi xadrez com meu pai, que aprendeu com um livro, se não me engano. Não sei se ele conhece as nomenclaturas de jogadas, mas faz muito tempo que não jogamos.

Assisti as partidas com o mesmo olhar voraz de Anya Taylor-Joy. Tentando enteder os jogos e as jogadas, com um olhar sério e comprenetado igual a atriz. Aquele olhar que ela fazia em todas as partidas tornava a disputa mais intrigante. Em alguns momentos dava até medo, uma interpretação que merece muito uma indicação de premio.

Baseado no livro The Queen’s Gambit, de Walter Tevis, o maior trunfo da série, além de apresentar o mundo do xadrez profissional, foi mostrar o contexto histórico-social feminino daquele período.















Sinopse

O Gambito da Rainha apresenta a história de Beth Harmon (Anya Taylor-Joy) uma órfã que se torna um fenômeno do xadrez, numa época que mulheres estavam começando a participar de competições. E não podiam comandar o próprio destino, imagina ganhar prêmios e enfrentar os maiores nomes da modalidade em todo o mundo. 

Levada para um orfanato depois que a mãe morreu num acidente, ninguém foi atrás do pai de Beth para que esse cuidasse da filha, como se a garota fosse responsabilidade somente da mãe. Assim, a garota cresceu numa instituição para meninas, lá teve contato com as drogas. Usadas para controlar o comportamento das crianças. Hoje parece absurdo, mas essas coisas eram muito comuns antes da declaração dos direitos das crianças e o politicamente correto mudarem o jogo. 



A vida de Harmon muda quando aprende a jogar xadrez com o zelador do orfanato,  um homem de poucas palavras mas que que logo percebeu o talento da menina e fez com que outras pessoas a conhecessem.

Quem me conhece sabe que eu sempre acabo reparando mais nas relações dos personagens do que em outros pontos que deveria se destacar. As relações que acontecem ao longo da vida são tão interessantes, ou até mais que a relação de Beth com as drogas. É tanta gente jogando a garota de um lado para outro, como se ela não fosse nada. Afinal, foi abandonada pelos pais, o que esperar de alguém que ninguém quer? Mas Beth também não facilita, ela muitas vezes é arrogante.

Além disso, a interpretação de Anya Taylor-Joy é tão maravilhosa, ela domina a tela disputando partidas com várias pessoas ao mesmo tempo, fazendo sempre uma cara altiva e séria. Também experimentamos sentimentos conflitantes, uma hora você se compadece de seu sofrimento, em outras acha que é só uma grande filha da.... mesmo. Ando percebendo que gosto desse tipo de personagem, aquele que amo e odeio simultaneamente no mesmo nivel.















Enfim, O Gambito da Rainha é uma série muito boa, com uma produção impecável. Aliás, para quem ama moda é um deleite aos olhos, pois, os modelitos de Harmon são incríveis. Uma série com um ritmo bom, facil de maratonar, apesar de ter tantas nuances escondidas na história que um simples bocejo era suficiente para deixar passar detalhes importantes.

Voltei a querer jogar xadrez só por causa de Beth e fiquei toda empolgada com a relação dela com Benny. Além disso o elenco conta com nomes já conhecidos dos amantes de séries e filmes britânicos, como Thomas Brodie-Sangster (Game of Thrones e Nanny Mcphee) como Benny e Harry Melling (o Duda Dursley de Harry Potter) como Harry Beltik. Uma série que vale muito a pena e que foi encerrada com seus 7 episodios perfeitamente bem.

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