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quinta-feira, 25 de março de 2021

De repente 30

Oi Pessoal,

Esse ano eu faço 30 anos. Nem eu to acreditando nisso. parecia tão distante. Muitas amigas minhas também estão fazendo 30 anos esse ano, ou fizeram ano passado, e compartilhamos um sentimento um tanto quanto estranho.

Por isso inclusive que eu resolvi fazer o projeto dos 30 antes dos 30, mesmo que eu ache que não vá cumprir.

Mas o que eu vim falar aqui é uma reflexão sobre o filme De repente 30. O que tinha de tão glamuroso em fazer 30 anos? Por que essa idade era tida como um divisor de águas?

A atriz que fez o papel da Jenna, personagem do filme, com 13 anos, completa 30 no mesmo mês que eu. Isso te fez se sentir velha? Não? Nem a mim. Talvez eu me sinta estranha, ou reflexiva. "Nossa como o tempo passou! E o que eu fiz?".



O tempo passou, normal. Mas pensar na história do filme me trouxe muitas perguntas. Por que essa seria a idade que iria mudar tudo?

Segundo o site Psicólogos Berrini:

“Segundo os psicólogos, é comum nos referirmos aos 30 anos como o melhor período da vida. De fato, ao atingirmos essa idade, estamos livres das inseguranças profissionais e pessoais tão frequentes aos 20 anos e desfrutamos de maior liberdade financeira e pessoal.”


 

Mas e se você não está livre desse jeito? Se está insatisfeito com sua vida e as preocupações continuam e com força e pra completar ainda está chegando aos 30? Pesa um pouco né?

Acho que o segredo para se estar bem é fazer algo que se gosta. Eu gosto de escrever, desenhar, transmitir ideias e aprender coisas novas. Acho que por essa razão sempre me vi numa profissão que tinha estes tópicos como destaque.

Quando as coisas estão bem, ninguém reavalia a vida, porém, quando tudo desmorona, quando parece que não tem luz no fim do túnel, a gente sempre pensa que fez algo errado na vida.

Será que fez? Ou será que simplesmente tínhamos que passar por aquilo para sermos a melhor versão de nós mesmos?

Nunca escondi de vocês que fiquei realmente muito mal depois que meu então namorado, que eu achei que era o amor da minha vida, terminou comigo. Mas eu precisava passar por isso. Para crescer.

Da mesma forma que ao perder o emprego que eu tanto adorava, eu tive que descobrir o que realmente me fazia feliz. Foi uma luta, mas eu descobri que queria escrever. 

Faz parte da nossa jornada, os desafios, tanto quanto as conquistas. Temos que aprender a celebrar as pequenas conquistas também, aproveitar a jornada, não só o "prêmio final”.

E o que isso tem a ver com as questões do início? Bom, ao meu ver, não há nada de tão glamuroso aos 30 anos, não mais que os 20 ou os 15 pelo menos. Todas as idades são importantes, porque elas fazem parte da nossa jornada.

Se eu preferia estar escrevendo isso no meu próprio escritório, na minha própria casa, ao invés de estar na sala da “casa dos meus pais”? 

Claro! Mas ao mesmo tempo, estou aqui, com uma taça de vinho, escrevendo para vocês. Fazendo algo que eu amo e que quero fazer por muito tempo.

Esses pequenos momentos, são o que contam. E se eu tenho que escolher um filme, que seja Soul, onde o protagonista aprende justamente isso, o que importa é a jornada. Não existe isso de “chegar lá” e não existe idade certa pra isso.


Viva. Simplesmente viva.

Esse post foi inspirado e dedicado a todas as minhas amigas. Sejam o melhor de vocês, isso que é ter sucesso.

2 comentários:

  1. Que post lindo, Lá! Primeiro, quero dizer que você está certíssima, a gente 'brinca' que vai trintar da mesma forma que vai entrar nos 'enta' (SE DEUS QUISER!). Acho que eles colocam muitas expectativas ainda mais por sermos mulheres, por esperarem que a maternidade esteja em nossos planos, sabe? Mas se trabalhar em escola me deu alguma experiência, é que nem todos devem seguir a mesma 'regra do tempo'. Cada um deseja uma coisa, cada um tem seu tempo para realizar sonhos. Nunca podemos dizer que algo é impossível.
    grande beijo
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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    1. Oi Ale,

      acho que foi o texto que eu mais gostei de escrever. Sincero sabe? Eu me sinto de boa em fazer trinta, até porque nem com 30 eu me sinto, e pra mim o que importa é o meu interior.

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