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sexta-feira, 8 de março de 2019

Capitã Marvel e Mulher Maravilha




















Oi Pessoal!

Em homenagem as minhas leitoras lindas! Resolvi fazer um post sobre as duas heroinas que ganharam filme solo. Capitã Marvel e Mulher Maravilha.




E desde já aviso que este não é um post de comparação, é sobre encontrar sua força e representatividade. 

Há um tempo fiz um post falando sobre os trajes das heroínas, que são muitas vezes objetificadas nas HQs, mas também existem muitas personagens que podem ser inspiradoras para as meninas. Por que não incentivar a leitura de quadrinhos para as meninas também?


Para começar, a personagem de quadrinhos mais famosa no Brasil (e com grande representação no mundo também) é a Mônica. Ela é forte, foge de alguns padrões e ainda é um exemplo em muitas histórias. A turminha do bairro do Limoeiro entrou no clima e a nossa baixinha ganhou uma versão de Capitã.


A heroína da DC tem uma história longa relacionada com a representação com a mulher. Seu criador William Moulton Marston, conhecido principalmente por ser inventor do teste que deu origem ao polígrafo, um homem que tinha uma visão bem aberta do papel da mulher e procurou colocar um pouco de suas esposas (ele era praticante do poliamor em pleno anos quarenta) na personagem. 
Ela teve várias fases, inclusive um retrocesso quando servia de secretária da Sociedade da Justiça e quando trabalhava em uma loja de moda.


É interessante considerar que, naquela época, o personagem Átomo, inicialmente conhecido como All Pratt, era uma pessoa comum, desprovido de superpoderes, usando um cinto de halterofilismo como uniforme. No entanto, era a guerreira amazona, uma semideusa, que possuía a habilidade de desviar balas com seus punhos, quem ficava para trás nas missões.

A versão dona de loja surgiu em 1968, como uma tentativa de revitalizar as revistas solo da heroína. No entanto, essa versão resultou na perda de sua identidade e representou um retrocesso ao retratar a mulher como um personagem fútil e preocupado apenas com moda.

Diana perde seus poderes, torna-se uma estilista, proprietária de uma boutique e adquire um mentor chinês que ela encontra na rua. Nessa fase, ela se torna uma agente secreta, usando uniformes brancos discretos, além de se destacar como especialista em artes marciais.

Esse passado conturbado das histórias da princesa de Themycera inclusive rendeu um livro, escrito pela jornalista e historiadora Jill Lepore (professora em Harvard e articulista da revista “The New Yorker”). E depois dessas várias mudanças controversas, ao meu ver, a personagem finalmente encontrou seu lugar natural na trindade da DC, assumindo uma posição importante na Liga da Justiça.



Com essa onda de filmes com personagens femininas protagonistas assumindo a "jornada do heroi" de Campbell (um conceito de narrativa usando tanto na literatura quanto no cinema), era natural que a personagem acabasse ganhando um filme. E depois de tantos anos finalmente chegou, em 2017, o filme estrelado por Gal Gadot.



A Capitã Marvel tem uma história ainda mais conturbada! A primeira heroína a ganhar um filme solo começou nos quadrinhos em 1968 como chefe de segurança de uma base da NASA, interesse amoroso da identidade secreta de Mar-vell, sendo salva por ele constantemente.


Depois de ser atingida por uma máquina Kree a personagem passa anos sem ser usada em histórias até retornar em sua própria resvista em 1977 com o nome de Ms. Marvel. Tendo uma repaginada em 1978 com um novo uniforme, que rendeu só 3 edições até ser cancelado.



Depois de sofrer com algumas histórias grotescas, envolvendo um estupro que deu origem a um filho pelo qual ela se apaixona, e mudanças de nomes, a personagem encontrou seu caminho com Kelly Sue Deconnick, em 2012, com uniforme e nome novos.


Com Kelly a personagem ganhou os poderes e origem que tem hoje. A identidade de Capitã Marvel já tinha sido usada por outras 6 personagens, mas foi com Carol que ganhou maior importancia. Com um novo visual e novo nome, Carol conquistou os fãs e assumiu definitivamente o posto de maior heroína da casa das ideias, ganhando expectativa para um filme no MCU.


Essas duas personagens percorreram um longo caminho para chegar onde estão e, por isso, representam bem a trajetória da mulher na sociedade. Precisaram passar por diversas provações, por mais que sejam personagens, até chegar em um posto de igualdade com os homens de seus respectivos universos e diversas vezes foram menosprezadas como nos, mulheres reais.

Por isso, é tão importante tê-las hoje em uma mídia de grande publico como o cinema, inspirando meninas do mundo todo a correram atras de seus sonhos porque ninguem pode te dizer que você não é capaz.

Feliz dia internacional das Mulheres para todas nos, heroinas em nossas hostórias.

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